terça-feira, 27 de março de 2012

Saga para conhecer La Bombonera


Antes mesmo de ter hotel e a viagem totalmente programada eu deixei agendado um tour pelos estádios do Boca e do River Plate e estava muito ansiosa por isso. Minha surpresa se deu quando no hostel me informaram que o Boca tinha cancelado o tour, foi nesse momento que começou a minha saga. No dia seguinte agendei um tour pela cidade de Buenos Aires que passava pela Bonbonera, lá estava minha chance de conhecer um dos estádios mais famosos do mundo! Mas não foi dessa vez de novo, ao chegar no estádio fui informada que precisava agendar uma visita. No mesmo dia voltei para o hostel e liguei para o estádio,  agendaria a visita e conheceria a concha do Boca Junior no outro dia... Minha surpresa foi quando outra atendente disse que não havia como agendar e era só eu chegar lá pagar alguns pesos e entrar. Novamente fui a La Boca e a La Bombonera, mas novamente não consegui entrar no famosíssimo La Bombonera, isso porque haveria jogo a noite e a entrada não era permitida pra turistas à tarde. Enfim, essa foi minha saga má sucedida para tentar entrar na La Bombonera. Como fiquei em Buenos Aires apenas 5 dias e fui 2 vezes em La Boca sem conseguir conhecer La Bombonera, desisti... Só conseguir ver o estádio por fora...

Mas no bairro consegui perceber muito do futebol. O Estádio pelo lado de fora até me frustrou um pouco, já que ele parece muito pequeno. Além disso ele está bem no meio do bairro La Boca, bairro pobre e perigoso, o que torna a visita ao estádio (para quem vai viajar sozinha) algo não tão simples assim. Mas é muito interessante como o entorno do estádio vive futebol e vive o Boca Junior. Dezenas de lojas trazem toda a paixão do futebol, claro com destaque para o boca e para os times argentinos. Mas tudo o que envolve o futebol pode ser comprado nessas lojas,  inclusive (como falei no post anterior) artigos relacionados a times brasileiros, além do Internacional o São Paulo e até o Flamengo são os mais populares por lá. O famoso Corinthians, nem vi....




Em seguida volto a falar de futebol, agora contando minha visita a Concha de River Plate o Monumental de Nuñez!!!

domingo, 25 de março de 2012

Buenos Aires e o Futebol!

Quem me conhece já sabe que eu adoro futebol e, claro, que esse assunto também trarei no meu blog. Começo hoje então, hablando ainda de Buenos Aires, mas retratando como os argentinos veem o futebol gaúcho e como eu os percebi. Quem me conhece já sabe também que não entendo muito tecnicamente de futebol, mas gosto e vivo a paixão do futebol e é sobre isso mais precisamente que vou falar. Aliás, deve ser por isso que gostei tanto de falar e viver o futebol na Argentina, porque os portenhos são apaixonados por essa arte.

Antes de mais nada preciso deixar bem claro que sou colorada, mas preciso dizer também que os fatos que contarei agora são verídicos e sem manipulação (a menos que esteja escrito na minha testa que sou colorada e isso tenha influenciado os fatos).

Pelas ruas da cidade portenha conversei com muitas pessoas: motorista de ônibus, taxi, o pessoal da padaria, a galera de vários países que estavam no hostel, os artesãos que vendiam seus artigos nas praças, os policiais que estavam na rua, jornaleiros, os vendedores ambulantes...puxei assunto com todo mundo! Muitas vezes eu mal abria a boca e já sabiam que eu era brasileira, daí em diante o diálogo seguia mais ou menos dessa forma:

-Brasileira de que parte?

-Porto Alegre

-Internacional?

Sim isso que me perguntavam, de várias formas, me perguntavam se eu era torcedora do Inter, se eu era colorada, se eu torcia para o time do D’Álessandro... Fui questionada nesse sentido umas 10 vezes. Um senhor, que vendia jornal, me perguntou seu eu era Internacional ou Grêmio, mas só. Demais todos me perguntavam se eu era do Internacional. E quando eu cheia de orgulho respondia que sim, aí a conversa ia longe. Claro que o assunto principal era o D’Ále e a Libertadores. Claro também que quando o assunto era Libertadores eles ganhavam disparado... Aliás, fiz muitas amizades falando de futebol e cada um tentava me convencer a torcer para um time argentino. Logo mais conto por qual time me simpatizo lá na Argentina e conto como ocorreu essa “simpatia”.

Além desses diálogos, no bairro do Boca Junior, onde se respira futebol, encontrei camisetas, cachecóis, miniatura da taça da libertadores, tudo do Internacional. E sim repito sou colorada, mas não vi nada do Grêmio, juro. Aliás somente uma mulher que estava passeando pela Plaza de Mayo que usava uma camiseta tricolor. Enfim, acredito que o fato de o Internacional estar disputando, nos últimos anos, com frequência a Libertadores e ter ganhado campeonatos internacionais tem levada um reconhecimento do time fora do país. E claro, sem dúvida nenhuma, o grande ídolo argentino e colorado D’Álessandro aproxima cada vez mais os portenhos dos colorados.



Ah, claro que me encantei e passei horas “lendo” jornais e principalmente o Olé, que fala muito de futebol. Gostei muito de passear por um país que também respira futebol e que talvez seja mais “apaixonado, vibrante, entusiasmado” que os brasileiros atualmente. Lá ainda vi a “magia” do futebol quando falei com os portenhos e quando vi crianças e adultos jogando futebol por todos os cantos, por várias praças e áreas verdes da cidade. Me identifiquei muito com essa paixão por futebol e por esse gosto de falar sobre o assunto. Quem gosta vale a pena puxar um bom papo e dar boas risadas. Fiquei me devendo ir a um jogo de futebol na Argentina, essa também fica na lista: da próxima vez.



Volto em breve para contar minha saga para conhecer La Bombonera e ainda minha paixão a primeira vista pelo Monumental de Nuñez!

Buenas Noches!!!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Conociendo El Caminito - La Boca!!

Um dos lugares mais interessantes e pitoresco que conheci em Buenos Aires na Argentina, belíssimo, cheio de vida e de mistério! Confesso também que era o lugar que eu estava mais ansiosa e curiosa em conhecer, já que é muito comentado e visitado por turistas. El Caminito é uma rua-museu e um logradouro tradicional, de grande valor cultural e turístico, localizado no bairro de La Boca. O lugar adquiriu significado cultural por ter inspirado a música do famoso tango Caminito (1926), composta por Juan de Dios Filiberto. Ruas estreitas, casebres coloridos, tango e futebol por todos os lados! Esse é o Caminito. Mas tudo isso em meio a um bairro muito perigoso e não recomendado a turistas. Como curiosa que sou, andei por algumas quadras adjacentes, longe daquele tumulto turístico. Mas nessas ruas encontrei um estranho silêncio e olhares ameaçadores de alguns argentinos, vi também crianças tristes e quase pedindo socorro. Não fiquei muito tempo por lá e nem tirei foto, tentei não parecer muito turista para preservar minha integridade física. Além disso fui informada que a partir das 18h ocorre o “toque de recolher” no bairro e todos os comércios fecham. Turistas? Não são bem vindos à noite. Mas nesse mesmo bairro encontrei tango, artesanato, arte e futebol! E durante o dia os turistas são mais que bem-vindos, são necessários! O Caminito é realmente indescritível, por onde se olha se vê cores, musica e alegria! Abaixo segue as fotos desse lugar maravilhoso e que somente quem visita entende a alma argentina presente nesse lugar!!!!







Eu volto a falar de futebol, mas deixo já registrado que foi no Caminito que eu mais conversei sobre o assunto e fiquei muito orgulhosa do meu Internacional, reconhecido e respeitado na Argentina! Ah, gostaria muito de falar também de La Bombonera, mas não será possível. Tentei visitar três vezes o local e não consegui, então falarei somente da Concha de River Plate, lugar lindo!

HISTÓRIA: Na área onde hoje está Caminito, em 1898 passou a linha do trem. Em 1928, a ferrovia fechou, e no terreno foi abandonado. Em 1950 um grupo de moradores, entre os quais estava o famoso pintor Boca Quinquela, decidiu restaurar o terreno. O pintor batizou a rua como “Caminito” pelo título do popular tango de 1926, de Peñalosa e Filiberto. Ao passeio foram somando-se as doações de diferentes artistas. Em 1959, Caminito foi transformado em um museu a céu aberto e sem portas. As casas na área do Caminito são também conhecidos como "Conventillos". As casas eram típicas dos imigrantes genovês no final do século XIX. As casas são pintadas em várias cores, porque os imigrantes italianos usaram a tinta sobrando nas oficinas do porto. As condições de vida nos "conventillos" são muito pobres. Hoje, alguns "conventillos" foram transformados em lojas de souvenirs e pode ser visitado.

COMO CHEGAR: Linhas de ônibus: 29, 33, 64, 53, 152.
ATENÇÃO: Caminito é visitado por muitos turistas todos os dias e é uma área segura. Mas o bairro de La Boca pode ser perigoso devido ao roubo. Portanto, é recomendável não levar objetos de valor, ou andando pelas ruas dentro do bairro. Não é recomendável visitar o bairro depois das 18h.

Mais fotos no meu face, inclusive com o Maradona!!! Acesse www.facebook.com/jeaniaromani

sexta-feira, 16 de março de 2012

Ahora conociendo San Telmo!!!


Buenas muchachos queridos!!! Há quanto tempo hein?!

Voltei ao trabalho na Rádio ABC 900 AM e as aulas, por isso meu tempo acaba exíguo e não consigo postar no blog com frequência. Prometo me esforçar para deixá-lo sempre atualizado!

Sigo falando das minhas férias e da deliciosa viagem a Buenos Aires. Como o título do blog diz hoje falarei sobre o San Telmo, bairro conhecido por sua boemia e uma ótima programação noturna. Nele encontram-se ainda muitos antiquarios e os famosos cafés tradicionais argentinos.

Como minha viagem foi bastante curta não consegui visitar todo o bairro e também não acompanhei a programação noturna, já que optei por ir a famosa Feira de San Telmo que ocorre todos os domingos. Feira aliás que é a mais conhecida de Buenos Aires! Desde 1970 ela recebe cerca de 10 mil pessoas por edição, em sua maioria turistas estrangeiros. E eu simplesmente amei o lugar! Estive lá em uma bela e ensolarada manhã de domingo, e passei algumas horas passeando pela Plaza Dorrego, rua Defenza e arredores. As ruas estavam lotadas de turistas e barraquinhas onde se vendia de tudo: antiguidades, artesanato, pinturas, retratos, mates (argentinos claro! bem diferente do nosso gaúcho), livros, cds, souvenirs, enfim, tanta coisa que eu nem sabia para onde olhar primeiro!



Mas duas coisas me encantaram na feira: os antiquários (e as antiguidades - mesmo em barraquinhas) e os artistas de rua. Em toda a rua Defenza havia antiquários belíssimos! Ao adentrar no local parece que você está sendo levado para tempos passados, uma sensação muito gostosa. Além disso o atendimento foi muito bom e tudo isso ao som de um belo tango. Claro que como toda coisa antiga, os artigos nesses antiquários tinham o preço bastante salgado (e o meu dinheiro era curto). Mas pra mim o passeio foi extramente válido!



Como disse os artistas de rua são uma atração à parte. Crianças e adultos se paravam na frente daqueles artistas e os olhavam com profunda admiração e respeito. Muitos arracaram suspiros, surpresa, boas risadas e muitos elogios! Vilonistas, dançarinos e cantores de tango, estátua humana (que ficou desapercebida por cerca de 15 minutos, até que alguém colocou uma moeda em um pote ao lado e a "estátua" se mexeu), humoristas e muitos outros, abrilhantavam a feira portenha!




Enfim, meu passeio de domingo pela manhã foi excelente e eu novamente recomendo! Além de uma manhã divertida e que me trouxe muito conhecimento, também rendeu a meus familiares e a mim mesma uns pequenos "regalos" que servirão de belas lembranças!!!


DICA:
Na parte da tarde o número de pessoas é ainda maior, por isso é recomendado visitar a feira entre 10 e 14 horas.


IMPORTANTE:
Endereço: Praça Dorrego, Rua Defensa e Humberto I, San Telmo.
Linhas de ônibus: 22, 24, 28A, 28B, 29, 33, 54, 61, 62, 74, 86, 93, 126, 130, 143, 152 e 159.
Horários: Domingos das 10 a 17 hs.

Buenas notches! Volto em breve com mais "Mi Buenos Aires Querido"! Caso queiram ver mais fotos:
www.facebook.com/jeaniaromani

segunda-feira, 5 de março de 2012

Bienvenidos La Recoleta! Parte 2

Hoje é meu último dia de férias, mas ainda dedicarei meus próximos post a viagem que fiz a Buenos Aires, Argentina. Seguindo o roteiro proposto vou falar, rapidamente, sobre o bairro Recoleta.

A Recoleta é o bairro mais parisiense de Buenos Aires, reduto da antiga aristocracia portenha. Elegância e sofisticação se unem em seus museus, galerias, cafés e boutiques, fazendo da Recoleta um passeio simplesmente imperdível.

Após meu passeio pelo lindíssimo cemitério La Recoleta, fui até a feira que tem no local todo o final de semana na Plaza Francia. A feirinha funciona nos sábados, domingos e feriados de 11 a 18h. É possível encontrar peças em prata, cerâmica, couro e artesanatos, além de presenciar shows de artistas de rua. Bastante frequentada por turistas, é um lugar ideal para ver e ser visto. Lá fiz algumas das minhas comprinhas mas, principalmente, conversei com muitos artistas. Dançadores de tango, tocadores de violinos e até um artista que faz bijouterias em prata, esse último era Chileno. Uma das coisas mais legais em viagens como essas é conversar com as pessoas simples e moradores da localidade, como o José, que me vendeu água e dança milonga com sua esposa todos os domingos e Lunes (segunda) em um bar que tem próximo a praça...Relatos do cotidiano dessas pessoas, foi isso o que mais me encantou.

Mas sigo aqui falando das minhas andanças pelo bairro La Recoleta. Abaixo foto da praça em dia de feira.




 
Em seguida você vê a Basílica Nuestra Señora del Pilar. É uma das igrejas mais singelas da capital, com linhas barrocas e fachada pintada de branco. Foi construída em 1732 pelos jesuítas e se destinava às orações e práticas espirituais dos padres franciscanos recolhidos (recoletos).



Nessa mesma praça onde tem a feira, o cemitério e a igreja há também o Centro Cultural Recoleta. O dia que estive lá não tinha nenhum evento ocorrendo mas lá há vários tipos de shows, palestras, exposições e movimentos de vanguarda. Ali nas proximidades também tem o Buenos Aires Design. Primeiro centro comercial latino-americano voltado exclusivamente para a arquitetura, design e decoração. No terraço está o Paseo del Pilar, repleto de restaurantes com mesinhas externas e com uma bela vista para a Plaza Francia.

O Village Recoleta também é um encanto, lá fiz um belo café da manhã. É um local que fica atrás dos muros do cemitério e inclui um moderno complexo de cinemas, setor de alimentação e outros comércios. Nas imediações, existem muitas outras opções de bares e restaurantes. Além de um shopping. Recomendo o passeio.

Para encerrar falo da Plaza de las Naciones Unidas e a Floralis Generica. Uma grande escultura em forma de flor, construída inteiramente em aço e alumínio. Graças a um sofisticado sistema, as "pétalas" ficam mais abertas durante o dia e vão fechando à medida que vai anoitecendo. É belíssimo. Um local onde muitos turistas vão visitar e os portenhos, ou melhor, as portenhas tomam banhos de sol. Isso mesmo, as argentinas colocam seus biquinis e aproveitam o sol nas cadeiras do parque. Confesso que achei um pouco engraçado, mas é a opção para quem não tem mar perto.





Há no Recoleta ainda há locais bem interessantes para quem gosta de arte e história.

Falarei primeiro dos dois que estive:
* Museu Nacional de Belas Artes. O museu mais importante da Argentina conta com variadas obras de artistas nacionais e internacionais, como Rodin, Monet, Renoir, El Greco e Goya, além de realizar exposições temporárias. Pode ser visitado de terça a domingo de 12h30 a 19h30. Entrada franca.

* Palais de Glace. Exibição de quadros, esculturas e fotografias. Também promove diversas palestras. Aberto de segunda a sexta de 13 a 20h e fins de semana de 15 a 20h.

OBS: não consegui tirar foto dento dos locais.



Esses ficam para a próxima ida a Buenos Aires:*Museu Nacional de Arte Decorativa. Coleções de móveis, esculturas, tapetes, porcelana e cristal. É possível realizar visitas guiadas pelo museu e assistir conferências sobre arquitetura. Funciona de terça a domingo, das 14 às 19 horas. A entrada é grátis nas terças-feiras e custa 2 pesos nos outros dias.

*Biblioteca Nacional . Localizada em um chamativo edifício de estilo racionalista, a biblioteca tem em seu acervo mais de 1.800.000 títulos além de organizar diversas atividades culturais.

Volto logo...seguindo falando de Buenos Aires. Mas em breve falarei também sobre minhas experiências profissionais e os bastidores da Rádio ABC 900 AM! Em breve....

quinta-feira, 1 de março de 2012

Bienvenidos La Recoleta! Parte 1 - Cemitério

Hola que tal?
Estou de volta a Novo Hamburgo, RS/BRA, há alguns dias, mas sigo falando da minha pequena grande viagem a Buenos Aires. Digo pequena devido ao período de tempo, mas grande pelo aprendizado que tive.

Como eu havia dito no post anteior, hoje vou falar um pouco do bairro Recoleta, mais precisamente do cemitério, lugar com uma arquitetura incrível! Assim como o Palermo, este bairro fica na zona norte de Buenos Aires e é habitado por moradores da alta sociedade. La Recoleta é caracteriza por seu estilo francês, com grandes áreas verdes, avenidas exclusivas, bares e restaurantes de primeira categoria. Em suas origens, este bairro foi formado por pequenas fazendas e ranchos. No início do século XVII o lote foi doado por um casal aos padres Recoletos. Além do nome, os monges contribuíram com o bairro com a construção do Convento e da Igreja de Pilar, os quais tiveram uma importância vital para o desenvolvimento da região. Assim como no Palermo, a epidemia de febre amarela atraiu à La Recoleta muitas famílias abastadas, o que terminou a definição do estilo do bairro.
Mas vou me ater ao belíssimo, isso mesmo, belíssimo Cemitério La Recoleta. Sinceramente fiquei surpresa (positivamente) com o local. O Cemitério da Recoleta é o mais antigo e aristocrático de Buenos Aires. O cemitério tem quase seis hectares, fiquei 1 hora lá e não consegui percorrer todo o local. Lá estão sepultados heróis da Independência, presidentes da República, militares, cientistas e artistas. O cemitério é sem dúvida muito bonito e milhares de turistas visitam o local diariamente, inclusive brasileiros. O curioso é que além dos turistas, que buscam a história e a beleza do local, o cemitério também é visitado pelos portenhos, que aproveitam a beleza, a paisagem e as muitas sombras do local. Outra curiosidade: os caixões em vez de enterrados, são guardados sobre a terra, empilhados uns sobre os outros, dentro de mausoléus. Vidros e vitrais são colocados especialmente para que se possa vê-los. Talvez pode ser macabro...mas é realmente muito bonito! Agora segue algumas fotos que tirei em uma tarde ensolarada.







Um pouco da história:
Os sepulcros e mausoléus foram obras, em muitos casos, de importantes arquitetos. Mais de 70 mausoléus foram declarados como Monumentos Históricos Nacionais. Está localizado em terras concedidas por Juan de Garay a Rodrigo Ortiz de Zárate, que fazia parte de sua expedição colonizadora. Depois foi instalado nesse lugar um convento de freis recoletos. Em 1822, depois da expulsão dos monges o horto do convento foi transformado em cemitério. Seu traçado foi realizado pelo engenheiro francês Próspero Catelin, e remodelado durante a gestão de Torcuato de Alvear como prefeito em 1881, que encomendou o trabalho ao arquiteto Juan Antonio Buschiazzo. O escultor italiano Giulio Monteverde realizou o Cristo que preside a capela.


Algumas das personalidades sepultadas na Recoleta:

Nicolás Avellaneda - ex-presidente da Argentina.

Adolfo Bioy Casares - escritor.

Miguel Juárez Celman - ex-presidente da Argentina.

Vicente López y Planes - autor do hino nacional da Argentina;

Luis Federico Leloir - bioquímico, ganhador do Prêmio Nobel de Química

Bartolomé Mitre - político, escritor e militar; ex-presidente da Argentina.

Carlos Pellegrini - político e advogado; ex-presidente da Argentina.

Eva Perón - primeira-dama da Argentina.

Carlos Saavedra Lamas - político e advogado, ganhador do Prêmio Nobel da Paz

Domingo Faustino Sarmiento - escritor e político; ex-presidente da Argentina.



Para encerrar, o cemitério da Recoleta é um local surprendente, cheio de história, beleza em suas esculturas, ambiente agradável, enfim, ótimo passeio. Claro que sozinha, em algumas sombras e mausoleos, encontrei um lado meio macabro do Cemitério La Recoleta, mas também faz parte do charme do local....

Em breve volto com um pouquinho mais sobre o bairro Recoleta.