sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Natal, muito mais que presentes!

Como eu havia comentado nas redes sociais (os que são meus amigos e me seguem viram) adotei hoje cartinhas do Papai Noel dos Correios e comprei brinquedos para a campanha de natal do Grupo Pensando Novo Hamburgo. E fui as compras!
Pegue três cartinhas na agência dos Correios de Novo Hamburgo na Pedro Adams Filho. A Evelyn Vitória tem dois anos e completa 3 três no dia 21 de dezembro. Quem escreveu a carta foi a mãe dela, que está desempregada. Evelyn pediu uma boneca (tipo barbie) e doces! A outra cartinha também é de uma menina, Helena tem quatro anos e pediu pentinho de bonecas e um kit caminha. A terceira cartinha achei muito fofa, foi do Kauã de 5 anos. Ele estava animado que no próximo ano estaria começando a estudar e pediu uma mochila e material escolar. Foram as cartinhas que mais me tocaram e chamaram a atenção, os pedidos pareciam verdadeiros e cheios de entusiasmo! Modestos e sinceros!







Mas chamou a minha atenção o pedido da maioria das cartinhas que estavam lá hoje. Eram crianças de 3 a 8 anos e os pedidos eram: bicicleta, patinete, roller, skate... Apesar de nesses casos o preço não ser tão acessível os pedidos são típicos de crianças, pelo menos crianças da minha época. Mas o que me chamou a atenção foi a quantidade de tablets e smartphones pedidos pelas crianças. Fica difícil de quantificar, mas foi complicado encontrar cartinhas com presentes simples e cabem no bolso. E não foi somente eu que achei, pelo menos mais três pessoas tiveram a mesma sensação que eu hoje a tarde e duas delas não levaram nenhuma cartinha.
O que eu me pergunto é: o novo brinquedo das crianças são esses mesmos? Por que elas querem esses eletrônicos, porque veem na TV, veem conhecidos com eles, por quê? Será que são os pais que sugerem tais presentes, são crianças que já tem outros brinquedos e só faltariam os eletrônicos? Eu não tenho um tablet e nem um smartphone...Qual a necessidade de uma criança de 5 anos ter?
Fiquei um pouco assustada mesmo.
Mas enfim, três crianças com pedidos de crianças vão ganhar presentes de natal esse ano! Além disso comprei brinquedos de verdade para a campanha do Grupo Pensando Novo Hamburgo e, estou muito feliz por isso. Bacana seria se cada um de nós pudesse adotar uma cartinha, doar um brinquedo... faríamos outras crianças felizes e, tenho certeza, que nos sentiríamos mais humanos e felizes!
Isso sim pra mim é espírito de natal,  e não sair enlouquecidamente comprando presentes para todos, comprando roupas novas para passar a ceia, comprando coisas caras para a ceia, comprando enfeites e enchendo a casa de coisas de natal e tudo isso correndo, comprando, correndo, comprando... Natal é solidariedade, família, amizade, sem necessidade de tanta correria, presente e compras!

Quero desejar um Feliz Natal de verdade! O importante é você estar bem com você e com os que te amam!

Importante: termina na segunda-feira, 16/12, o prazo de entrega de presentes da campanha do Papai Noel dos Correios e no dia 19/12 a do Grupo Pensando Novo Hamburgo.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Até breve: Rádio ABC 900 AM

Quando entrei na faculdade, há muito tempo, fiz logo no início a disciplina “Introdução ao Rádio” e me apaixonei. Infelizmente tive que trancar minha faculdade por falta de verba e resolvi, pra não ficar parada, fazer um técnico de radialista no Senac em Porto Alegre. Em 2007 conclui esse curso e fui bater na porta do local que eu almejava trabalhar: Rádio ABC 900 AM.
Para tentar o emprego falei com Marcelo Silva, Paulo Pereira e Carlos Padilha e enviei vários e-mails. Até que consegui, depois de umas 10 tentativas (sem exageros), falar com o diretor da época Aurélio Decker. Não existia vaga na rádio e ele me propôs que eu ficasse aprendendo a operar mesa de áudio, se eu me saísse bem eu trabalharia no turno da noite. E lá se foram seis meses até eu ficar oficialmente no turno da noite como operadora de áudio.
Mas quero lembrar alguns detalhes, entre eles o Lelo me falando: “vi no teus olhos que tu quer muito trabalhar aqui e trabalhar em rádio e, por isso, te dou essa oportunidade” E realmente eu queria muito e foi uma baita oportunidade, acho que nem ele imaginava que eu ficaria ali por tanto tempo. Lembro também dos meus primeiros dias na rádio: coordenada pelo mestre dos botões Ederson Canalle, eu fazia mesa de áudio pela manhã no ABC Primeira Hora apresentado por Marcos Couto. E tudo que eu queria era sugar tudo daquele momento. A menina magrela, tímida, de óculos, ficava só a observar e esperando uma oportunidade. Meus colegas muito generosos logo me deram e um deles foi o próprio Couto que me deu um espaço para entrevistar taxistas com um gravador de fita! Saudades...
Algum tempo se passou e quando eu estava na mesa de áudio o novo diretor da Rádio ABC, meu padrinho e inspirador Rodrigo Giacomet me deu uma oportunidade: “tu pode ir na Câmara de Vereadores e cobrir homenagem que a câmara iria fazer ao Grupo Sinos pelos seus 50 anos?” E eu fiquei feliz, assustada e nervosa... Mas claro que fui! Lá encontrei Paulo César Lângaro que me ajudou muito, me mostrou quem eram os vereadores e os diretores do Grupo Sinos. Salvou minha pele! Aliás os colegas do Jornal NH sempre foram muito parceiros e generosos, nesses anos foram várias as parcerias e aprendi muito com eles também! Seguindo...Depois surgiu a Agenda Positiva, onde eu gravava noticias positivas para ir ao ar durante a programação. Logo passei para o dia, onde fazia gravação no Estúdio B e jornalismo com a general coordenadora de jornalismo Cris Weber. Sem dúvidas essa foi a época que mais me dediquei a reportagem e que mais histórias tenho que contar! Foram momentos muito intensos, sofridos, alegres e que moram no meu coração! Momento essencial a minha carreira e que tenho imensas saudades!
Depois a Cris saiu da rádio e ficamos um tempo sem coordenação de jornalismo. Alguns meses depois veio o baixinho Rodrigo Giacomet com mais um desafio: ser Coordenadora de Jornalismo da Rádio ABC 900 AM. Com certeza foi o período na rádio que eu mais cresci, não só na carreira, mas principalmente, como pessoa. Foi um desafio muito grande mas, mais uma vez, agarrei com unhas e dentes! E sangue nos olhos pelo jornalismo! Sempre me dediquei muito pela Rádio e procurei fazer o melhor por mim, pela rádio e pelos meus colegas!
São mais de 6 anos e muitas, muitas, mas muitas histórias, momentos felizes, difíceis, estressantes, de reconhecimento, de amizades, companheirismo e desafios! Uma escola:  assim posso definir! Horas a fio trabalhando, muitas vezes (muuuitas mesmo) 12 ou 13h, outras 18h...acidentes trágicos, enchentes, eleições, operações policiais, debates, programas, coberturas de feiras calçadistas Francal, 40 Graus; cobertura de verão na praia; cobertura de inverno na serra; trabalhar doente também foram inúmeras vezes; finais de semana; feriados; ano novo até as 23h30; novos programas; novas programações; novos colegas; novos projetos; reuniões e reuniões; ideias reportagens; risadas e muitas risadas (várias no ar); choros;  gritos; stress; amizades; projetos; objetivos iguais; felicidade; muito e muito e muito trabalho; mas trabalho que sempre foi feito com afinco e amor!
E o que mais me deixa feliz hoje foi que sai com muitos amigos, com um carinho imenso e inesperado dos meus eternos e amados ouvintes! Carinho dos colegas e dos ex colegas que torcem por mim! Carinho até das fontes, entrevistados e assessores de imprensa! Isso não tem preço! Saio com a sensação de dever cumprido, pois me doei ao máximo e recebi em troca muito carinho e aprendizado!
Comecei na mesa de áudio do ABC Primeira Hora e com muito orgulho sai apresentando esse programa, junto com Martin Behrend, que é um dos programas mais conhecidos e de audiência na ABC! Sai mais gordinha também, com cabelo mais curto, sem óculos, inchada de tanto chorar, mais velha, mais madura, mas com o coração em paz e com muito aprendizado!

Eu só tenha a agradecer! Obrigada ABC!









segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Alguém viu minha opinião?

Faz tempo que não posto nada, mas depois da aula de hoje, me vi "obrigada" a postar a minha segunda crônica da vida! Claro, não esqueçam de deixar a OPINIÃO de vocês! :p


Alguém viu minha opinião?

Mais um post no Facebook e Twitter! O assunto? A opinião sobre os assuntos do mundo, política, polícia, entretenimento, futebol, novela, violência, o comportamento do outro...tudo!

É amigos, com o advento das redes sociais, todo mundo tem opinião! Senta-se na frente de um computador e solta-se o verbo. Sem muito pensar escreve-se o que vem na cabeça, o assunto do momento e, claro, com muita opinião! Os mais opinativos ainda debruçam-se sobre blogs! O importante é dar a sua opinião!

Mas e aquele sujeito que não tem opinião pra tudo, como eu, fica deslocado, transloucado? Será que nós “os sem opinião formada” sobreviveremos à sociedade atual e, sobre tudo, o mundo das redes sociais, sem soltar aos quatro ventos a sua opinião?

Quando não damos a nossa opinião por “livre e espontânea vontade” lá se vai alguém perguntar, ou em rodas de conversas, no cafezinho ou na própria rede social:

 - O time tal perdeu, e aí qual é a sua opinião Jeania? Tu achas que o pênalti foi roubado? E aquele juiz?
 - E a alta do dólar, hein?
 - Qual sua opinião sobre a possibilidade do mensalão ter um novo julgamento? Como será o voto do ministro Celso de Mello?
 - Será que a natação vai ir bem nas Olimpíadas? E o Brasil na Copa de 2014, será que vai?
 - E o menino que teria matado toda a família, você acha que foi ele mesmo, hein Jeania?
 - Já ouviu essa cantora nova, a Anita? Gosta dela?
 - O que você achou do Lucas e Felipe ganharem o prêmio no SBT no festival de música sertaneja? Hein Jeania?

Na sala de aula, a professora ainda diz:
 - Dê a sua opinião sobre o assunto da aula passada.

E até no elevador, na espera de um atendimento, vem aquela pergunta interessada na sua maldita opinião?
 - E aí será que chove?

Socorroooo! É muita opinião! Como posso formar tanta opinião em tão pouco tempo! Sem contar que não falei sobre o aborto, os médicos cubanos, a triangulação chinesa e o aquecimento global!

Pessoal, alguém viu minha opinião?

São muitos temas, assuntos e acontecimentos, o dia teria que ter 72 horas e eu não conseguiria formar opinião sobre tudo isso!

Ah, esqueci do bate-papo entre amigos, sentados em uma mesa de bar, no cafezinho ou reuniões familiares. Aí a opinião é sobre tal programa, novela, a última festa, o almoço do final de semana, o jogo do seu time, sobre a roupa do namorado, sobre o namorado da amiga...

Aaaaaaaaaaaaaah!

Caros internautas do Facebook e Twitter, ouvintes, colegas, amigos, família, professores, conhecidos e desconhecidos: por vezes eu ainda não formulei a minha opinião! Simples assim!


Opiniões para serem ditas aos quatro ventos, ao meu ver, devem ser fundamentadas, acrescentar ao outro. 
Discussões e debates são extremamente válidos para o crescimento da sociedade, desde que realmente contribuam. Mas falar por falar, a mim não serve! Pelo menos essa é a minha opinião!

terça-feira, 5 de março de 2013

Natal/RN que ninguém vê nas fotos

Estou acompanhando pela Rádio ABC 900 AM a Feira 40 Graus em Natal Rio Grande do Norte. Para todas as pessoas que falei que iria cobrir o evento todos me comentaram da beleza das praias e, realmente, são lindas! Infelizmente ainda não tive muito tempo para ir até a praia, hoje fiquei cerca de 1 hora em Ponta Negra e, ontem, mal vi a cor do mar. Pelo pouco que vi a beleza é indiscutível, o mar é belo, calmo, límpido e muito verde, transmite uma paz incrível!!!
Mas estou aqui no blog para relatar e mostrar aquilo que normalmente as fotos não nos mostram  a sujeira e o lixo na beira da praia. Fiquei triste de tanta sujeira e porquice que vi! Latinhas de cerveja e refri era mato, mas encontrei até fralda usada, pneus e garrafa de cachaça. As fotos a seguir tirei em 10 minutos, de tanta imundice que tinha.

paisagem modificada pela mão do homem

área com muito lixo, até pneus. Será que aqui não há risco de dengue?

restos de materiais usados em uma construção próxima

Será que bebeu tanto que não conseguiu colocar a garrafa de cachaça no lixo?

Na areia é necessário desviar das bitucas de cigarro

Inacreditável! Até fralda suja eu encontrei.

Importante destacar que os hoteis no entorno do local que tirei foto são de alta qualidade, alguns luxuosos...Vale dizer também que há lixeiras espalhadas por toda a orla.
Trouxe essas fotos para que a gente possa refletir que nós influenciamos diretamente na paisagem de um local e nesse caso o ser humano deixa algo lindo e mágico, feio e sujo...Confesso que resolvi tirar as fotos para o blog quando fiquei com nojo de andar descalço e tive que colocar meus chinelos. Vamos pensar sobre isso para que sempre que formos visitar um lugar, deixemos esse lugar limpo e natural, para preservar a natureza da forma mais simples: não prejudicando!!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Rádio ABC me escolheu...



Parte da equipe da Rádio ABC comemorando os 65 anos da emissora
Sempre desejei ser jornalista, desde pequena, mas a minha escolha por rádio se deu na faculdade na primeira disciplina que fiz: Introdução ao Rádio com a Patricia Weber na Unisinos. Lá tomei minha decisão: quero trabalhar em rádio. Mas sem saber exatamente em que área... Cerca de um ano depois de fazer essa disciplina resolvi fazer um curso de radialista no Senac. Ai a paixão foi certeira! E após um ano de curso, todos os dias, fui procurar emprego em rádio, meu primeiro emprego em rádio! Super nervosa, ansiosa, imatura, cheia de expectativas e sem nada de experiência.

Foi aí que eu escolhi ou fui escolhida pela Rádio ABC 900 AM, aos 19 anos. E digo que fui escolhida porque se alguém me perguntar o que me motivou a escolher  essa emissora, na época eu não saberia dizer, somente meu instinto dizia para eu procurar emprego lá. Então fui. Magrela, bem magrela, de óculos vermelho, totalmente inexperiente, cheia de entusiasmo e brilho no olhar fui pedir emprego: uma, duas, três, quatro... acho que dez vezes! Depois de entregar curriculo, mandar e-mail, falar com gerência, falei com o então diretor da Rádio ABC Aurélio Decker. Ele viu naquela menina sem jeito, sem voz nenhuma pra rádio, sem experiência, muita vontade e amor por rádio... e me deu uma chance: aprender em 3 meses a operar uma mesa de audio, para talvez, ser operadora de áudio da noite. Desafio dado, desafio aceito e cumprido!

Me lembro como se fosse hoje meu primeiro dia... Meu encantamento ao entrar naqueles estúdios, ao ver a movimentação do jornalismo, dos profissionais e minha vontade de trabalhar era muito grande! Queria fazer e acontecer, mas ainda não sabia nada, então observava muito e tentava aprender ao máximo...E tive professores incríveis, grandes colegas, aprendi demais! Todos sempre foram muitos generosos comigo...E aos poucos as coisas foram acontecendo, fui ganhando meu espaço no jornalismo, meu real objetivo, e hoje acredito que a Rádio ABC me escolheu para me ensinar!

Aprendi a falar no microfone, a fazer uma reportagem, apurar uma notícia, a colocar uma matéria no ar, a fazer uma gravação, a montar uma vinheta, um programa, uma transmissão no ar, a dar todas as versões de uma história, a ser o MAIS IMPARCIAL POSSÍVEL, a ser ética, coerente, a ser parceira dos ouvintes, a dar opinião, a ser eu mesma no ar, a ir pra rua e ficar mais de 12 horas (sem almoço) pra cobrir um acidente trágico com várias vítimas fatais e respeitar os familiares, aprendi o que era uma ocorrência de vulto, a buscar e frutricar as noticias, convidar 20 pessoas pra vir em um programa e só duas aceitarem, mudar uma pauta de uma hora para outra, aprendi a ser organizada, aprendi que jornalismo também é planejamento...nossa, aprendi tanta coisa que não cabe aqui! Aprendi o que é radiojornalismo de verdade!

Mas nesses 5 anos de emissora e consequentemente de rádio, onde vivi e aprendi muita coisa, conheci muita gente e foi com essas pessoas que aprendi (não necessariamente nessa ordem): Aurélio Decker, Rodrigo Giacomet, Carlos Padilha, Paulo Pereira, Ederson Canalle, Alberto Valvassori, Marcelo Silva, Paulo Henrique Machado, Cris Weber, Jorge Baltar, Itatiaia Maffi, Fabricio De Lucca, Diana Mendel, Ieda Risco, Denis Olinto, Jorge Antunes, Argeu, Vlademir, Mota, Alemão Schosch, Bruna Chilanti, Manoela Machado, Mateus Trindade, Rogério Bohelke, Eudo, Alceu Feijó, Genilda, Stephany Sander, Rodrigo Teixeira, Alejandro Mallo, Alcione Muller, Bruna Klassmann, Luis Felipe, Diego Ignácio, Guilherme Carvalho, Marcella Trindade, Eduardo Pires, Carlos Kaiber, Avner Fernandes, Diego Benemann, Diego Mandarino, Zé Renato Oliveira, Rodrigo Silva, Valesca Fonseca, Robson Nunes, Professor Douglas Rochas, Wesley Wierganóvies, Martin Behrend,Alisson Coelho, Cássia Souza,  João Paulo Gusmão, Patricia Lemos, Moacir Fritzen, Cássio Pereira, Paulo César Lângaro (talvez não saiba, mas me ajudou na primeira "externa"), Vanius Portto, Cristopher de Mattos, Kamila Spier, Ciliane, Luis Fernando Siqueira (Pelotinha), Marcos Couto... Fora os colegas de Grupo Sinos, entrevistados, assessores, aquelas fontes que quase são colaboradores de tanto que ajudam e os ouvintes amados, a razão do nosso existir! É muita gente que deixou um pouco de si em mim....todos os aqui listados, fizeram de mim uma pessoa melhor e não só uma profissional melhor! Obrigada Rádio ABC por me escolher! Obrigada a todos!

São tantos momentos, aprendizados, histórias, pessoas, alegrias, momentos difíceis, que nem em um livro caberia essa linda de história que eu tenho com essa rádio que eu amo!

E eu fiz questão de colocar esses nomes, porque a Rádio é feita de noticias, histórias, mas acima de tudo, pessoas!!! Profissionais que o fazem e ouvintes que escutam e interagem! ;)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Casas Noturnas em Foco – Novo Hamburgo (Parte II)


Naquele final de semana que fiz a ronda, em Novo Hamburgo, havia três casas noturnas fechadas. Conforme o Comandante dos Bombeiros de Novo Hamburgo, Major Cleber Valinodo Pereira, o fechamento ocorreu devido a um acordo entre os proprietários e os bombeiros. “As casas estão passando por reformas e assim que as obras estiverem finalizadas faremos nova vistoria”, afirmou o major Cleber a nossa reportagem. Ele salientou também que os proprietários procuram os bombeiros e procuraram orientações sobre segurança contra incêndio no local, visando melhorias.

Em relação à situação do baile Preto e Branco que ocorreu na Sociedade Atiradores, o comandante dos bombeiros salientou que foi concedido um alvará de evento provisório, somente para esse baile. E destacou que a Sociedade não pode ter nenhum baile ou festa, a partir de agora.

É importante salientar que a nossa reportagem não se identificou enquanto imprensa e sim observou os locais como clientes. Algumas observações:
01 – os itens básicos da lei estavam em dia;
02 – mas alguns itens, aparentemente menores ainda precisam ser observados: como tamanho dos corredores (conforme NR 23 precisam ter 1m20 e em pelo menos uma delas o espaço é menor), escadas ou degraus e o fato de uma dessas casas estar com uma das portas de emergências trancada;
03 – Pelo que conversei informalmente com funcionários, alguns não sabem informar corretamente os locais das saídas de emergência, por tanto não conhecem e imagino que dessa forma também não saibam como manusear os extintores. De uma maneira geral, percebo funcionários não preparados para situação de pânico assim como nós comunidade não estamos;
04 – E essa seria minha quarta observação, a comunidade poderia e deveria estar preparada, ter conhecimento sobre o assunto, o que não ocorre.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Casas Noturnas em Foco – Novo Hamburgo (Parte I)


Em Novo Hamburgo a reportagem visitou quatro locais, todos contavam com mais de uma saída de emergência, sinalização dessas e extintores em dia. Mas mesmo assim, tenho algumas observações importantes a fazer sobre esses locais, o comportamento dos funcionários e dos clientes. Começamos a vistoria por volta das 23h em um pub localizado na rua General Osório no bairro Hamburgo Velho e encerramos às 3h em uma danceteria às margens da ERS 239.

Primeira parada: logo ao chegar no local (pub na General Osório) entramos por um estreito corredor onde subimos e descemos alguns graus de escadas e entramos no espaço finalmente. Na chegada pudemos observar extintores de incêndio (dois na entrada, mas havia cerca de cinco dentro de todo o ambiente). Percebi também sinalização indicando a saída de emergência, sinalização essa que refletia e, por fim, a saída de emergência (próxima ao banheiro masculino). O local não estava cheio e aparentemente dentro das normas. Conversamos informalmente com um dos seguranças da casa noturna que ressaltou que a fiscalização aumentou nos últimos dias. Esse segurança estava orientado e soube falar da localização da saída de emergência, ressaltando também que um portão usado para o estacionamento poderia ser aberto em casos de pânico. Esse estabelecimento é o que, enquanto repórter e cliente, me senti mais a vontade em relação a segurança, pois todos os requisitos estavam sendo cumpridos, o segurança bem orientado, o local é arejado e apesar do estreito corredor de entrada a opção do portão externo para a saída me deixou mais tranquila. Mas se tivéssemos que sair por onde entramos, em caso de pânico, a situação seria dramática....



Segunda parada: em seguida a reportagem se dirigiu para outra casa noturna dessa vez localizada na Pedro Adams Filho área central de Novo Hamburgo. Dentro dos itens básicos: havia uma saída de emergência além da entrada principal, vários extintores, sinalização (inclusive sinalização nos degraus), tudo ok. Mas algumas coisas me chamaram atenção:
1 - Largura do corredor de acesso a saída de emergência, dois passos pequenos, e a NR23 regulamenta 1m20;
2 - Na saída de emergência havia duas portas uma de madeira e outra de vidro, sendo que a segunda estava aberta para dentro e a norma é clara: as portas devem ser abertas para fora. Em contato com os bombeiros fui informada que a porta de vidro poderia abrir tanto para dentro, quanto para fora, erguendo somente um pino. Mas questiono e na hora do pânico esse procedimento, aparentemente simples, seria feito com naturalidade? E porque não deixar sempre aberto para fora sempre?
3 - Na saída ainda conversamos informalmente com uma das funcionárias da casa que “confessou” não saber exatamente onde era a saída de emergência, quais eram as exigências e que AGORA se preocupava com a segurança do local. Ou seja, ao meu ver, não está preparada para uma situação de pânico. Ela não me falou, mas acredito que não saberia manusear um extintor também.

Faixa refletora indicando degrau
Seguindo a vistoria...

Terceira parada: casa de bailes às margens da BR 116. Ficamos cerca de 15 minutos no local e rapidamente pudemos observar quatro saídas de emergência, sinalização em todas elas e como chegar até elas, além de vários extintores. Ponto negativo: uma das saídas de emergência estava obstruída, trancada.

Porta chaveada

Quarta parada: danceteria às margens da ERS 239 que recebe milhares de pessoas durante os finais de semana e nesse sábado não foi diferente. Mais uma vez pudemos observar todos os requisitos básicos para funcionamento ok. Única dúvida ficou em relação à lotação da casa, o número máximo é de 2.090 pessoas, não posso afirmar com convicção que tinha mais, porém, estava cheio!!!



E assim terminamos a noite...Mas ainda tenho o que falar sobre as casas noturnas de Novo Hamburgo, já que há três fechadas e quero aprofundar minhas “percepções”. Esses assuntos, deixo para o próximo post! Ok?!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Casas Noturnas em Foco!!!


Uma semana após a tragédia que vitimou até o momento 237 pessoas e deixa dezenas de feridos internados em vários hospitais da região resolvi, junto com uma equipe de reportagem, percorrer algumas casas noturnas de Novo Hamburgo e São Leopoldo. Principal objetivo era verificar os itens básicos de segurança de combate a incêndios nesses locais. Antes de sair para a “vistoria” conferi a chamada NR 23, uma norma da ABNT que dá base a leis estaduais e municipais de combate ao fogo. Mas fiquei atenta basicamente as saídas de emergências, extintores, sinalização dessas saídas e se as portas abriam para fora.

Antes de continuar uma observação importante: não estou dando os nomes das casas noturnas, porque não consegui falar com todos os proprietários. Mas ao longo dos dias pode ser que eu consiga trazer todos os nomes.

Começamos a vistoria por volta das 23h em um pub localizado na rua General Osório no bairro Hamburgo Velho e encerramos às 3h em uma danceteria as margens da ERS 239. Foram quatro estabelecimentos que entramos em Novo Hamburgo, naquela noite três estavam fechados e ainda vou trazer aqui no blog informações de outros locais da cidade. Sobre São Leopoldo falarei sobre uma casa noturna interditada, outras parcialmente interditadas. E após contar alguns detalhes pra vocês dessa “ronda noturna”, inclusive com os bastidores e as dificuldades de realizar essa reportagem; trarei as minhas impressões e opiniões de especialistas sobre o assunto.

Por isso faço o convite para você seguir acompanhando os posts e também a refletir sobre o assunto quando você for jantar, sair para a balada, trabalhar e estudar. Estamos preparados para as catástrofes?