Em Novo Hamburgo a reportagem visitou quatro locais, todos
contavam com mais de uma saída de emergência, sinalização dessas e extintores
em dia. Mas mesmo assim, tenho algumas observações importantes a fazer sobre
esses locais, o comportamento dos funcionários e dos clientes. Começamos a
vistoria por volta das 23h em um pub localizado na rua General Osório no bairro
Hamburgo Velho e encerramos às 3h em uma danceteria às margens da ERS 239.
Primeira parada: logo ao chegar no local (pub na General Osório)
entramos por um estreito corredor onde subimos e descemos alguns graus de
escadas e entramos no espaço finalmente. Na chegada pudemos observar
extintores de incêndio (dois na entrada, mas havia cerca de cinco dentro de
todo o ambiente). Percebi também sinalização indicando a saída de emergência,
sinalização essa que refletia e, por fim, a saída de emergência (próxima ao
banheiro masculino). O local não estava cheio e aparentemente dentro das
normas. Conversamos informalmente com um dos seguranças da casa noturna que
ressaltou que a fiscalização aumentou nos últimos dias. Esse segurança estava
orientado e soube falar da localização da saída de emergência, ressaltando
também que um portão usado para o estacionamento poderia ser aberto em casos de
pânico. Esse estabelecimento é o que, enquanto repórter e cliente, me senti
mais a vontade em relação a segurança, pois todos os requisitos estavam sendo
cumpridos, o segurança bem orientado, o local é arejado e apesar do estreito
corredor de entrada a opção do portão externo para a saída me deixou mais tranquila. Mas se tivéssemos
que sair por onde entramos, em caso de pânico, a situação seria dramática....
Segunda parada: em seguida a reportagem se dirigiu para outra casa noturna
dessa vez localizada na Pedro Adams Filho área central de Novo Hamburgo. Dentro
dos itens básicos: havia uma saída de emergência além da entrada principal, vários
extintores, sinalização (inclusive sinalização nos degraus), tudo ok. Mas
algumas coisas me chamaram atenção:
1 - Largura do corredor de acesso a saída de emergência,
dois passos pequenos, e a NR23 regulamenta 1m20;
2 - Na saída de emergência havia duas portas uma de madeira
e outra de vidro, sendo que a segunda estava aberta para dentro e a norma é
clara: as portas devem ser abertas para fora. Em contato com os bombeiros
fui informada que a porta de vidro poderia abrir tanto para dentro, quanto para
fora, erguendo somente um pino. Mas questiono e na hora do pânico esse
procedimento, aparentemente simples, seria feito com naturalidade? E porque não
deixar sempre aberto para fora sempre?
3 - Na saída ainda conversamos informalmente com uma das
funcionárias da casa que “confessou” não saber exatamente onde era a saída de
emergência, quais eram as exigências e que AGORA se preocupava com a segurança
do local. Ou seja, ao meu ver, não está preparada para uma situação de pânico.
Ela não me falou, mas acredito que não saberia manusear um extintor também.
Faixa refletora indicando degrau |
Seguindo a vistoria...
Terceira parada: casa de bailes às margens da BR
116. Ficamos cerca de 15 minutos no local e rapidamente pudemos observar quatro
saídas de emergência, sinalização em todas elas e como chegar até elas, além de
vários extintores. Ponto negativo: uma das saídas de emergência estava obstruída,
trancada.
Porta chaveada |
Quarta parada: danceteria às margens da ERS 239 que recebe
milhares de pessoas durante os finais de semana e nesse sábado não foi
diferente. Mais uma vez pudemos observar todos os requisitos básicos para
funcionamento ok. Única dúvida ficou em relação à lotação da casa, o número
máximo é de 2.090 pessoas, não posso afirmar com convicção que tinha mais,
porém, estava cheio!!!
E assim terminamos a noite...Mas ainda tenho o que falar
sobre as casas noturnas de Novo Hamburgo, já que há três fechadas e quero
aprofundar minhas “percepções”. Esses assuntos, deixo para o próximo post! Ok?!
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