quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Casas Noturnas em Foco – Novo Hamburgo (Parte I)


Em Novo Hamburgo a reportagem visitou quatro locais, todos contavam com mais de uma saída de emergência, sinalização dessas e extintores em dia. Mas mesmo assim, tenho algumas observações importantes a fazer sobre esses locais, o comportamento dos funcionários e dos clientes. Começamos a vistoria por volta das 23h em um pub localizado na rua General Osório no bairro Hamburgo Velho e encerramos às 3h em uma danceteria às margens da ERS 239.

Primeira parada: logo ao chegar no local (pub na General Osório) entramos por um estreito corredor onde subimos e descemos alguns graus de escadas e entramos no espaço finalmente. Na chegada pudemos observar extintores de incêndio (dois na entrada, mas havia cerca de cinco dentro de todo o ambiente). Percebi também sinalização indicando a saída de emergência, sinalização essa que refletia e, por fim, a saída de emergência (próxima ao banheiro masculino). O local não estava cheio e aparentemente dentro das normas. Conversamos informalmente com um dos seguranças da casa noturna que ressaltou que a fiscalização aumentou nos últimos dias. Esse segurança estava orientado e soube falar da localização da saída de emergência, ressaltando também que um portão usado para o estacionamento poderia ser aberto em casos de pânico. Esse estabelecimento é o que, enquanto repórter e cliente, me senti mais a vontade em relação a segurança, pois todos os requisitos estavam sendo cumpridos, o segurança bem orientado, o local é arejado e apesar do estreito corredor de entrada a opção do portão externo para a saída me deixou mais tranquila. Mas se tivéssemos que sair por onde entramos, em caso de pânico, a situação seria dramática....



Segunda parada: em seguida a reportagem se dirigiu para outra casa noturna dessa vez localizada na Pedro Adams Filho área central de Novo Hamburgo. Dentro dos itens básicos: havia uma saída de emergência além da entrada principal, vários extintores, sinalização (inclusive sinalização nos degraus), tudo ok. Mas algumas coisas me chamaram atenção:
1 - Largura do corredor de acesso a saída de emergência, dois passos pequenos, e a NR23 regulamenta 1m20;
2 - Na saída de emergência havia duas portas uma de madeira e outra de vidro, sendo que a segunda estava aberta para dentro e a norma é clara: as portas devem ser abertas para fora. Em contato com os bombeiros fui informada que a porta de vidro poderia abrir tanto para dentro, quanto para fora, erguendo somente um pino. Mas questiono e na hora do pânico esse procedimento, aparentemente simples, seria feito com naturalidade? E porque não deixar sempre aberto para fora sempre?
3 - Na saída ainda conversamos informalmente com uma das funcionárias da casa que “confessou” não saber exatamente onde era a saída de emergência, quais eram as exigências e que AGORA se preocupava com a segurança do local. Ou seja, ao meu ver, não está preparada para uma situação de pânico. Ela não me falou, mas acredito que não saberia manusear um extintor também.

Faixa refletora indicando degrau
Seguindo a vistoria...

Terceira parada: casa de bailes às margens da BR 116. Ficamos cerca de 15 minutos no local e rapidamente pudemos observar quatro saídas de emergência, sinalização em todas elas e como chegar até elas, além de vários extintores. Ponto negativo: uma das saídas de emergência estava obstruída, trancada.

Porta chaveada

Quarta parada: danceteria às margens da ERS 239 que recebe milhares de pessoas durante os finais de semana e nesse sábado não foi diferente. Mais uma vez pudemos observar todos os requisitos básicos para funcionamento ok. Única dúvida ficou em relação à lotação da casa, o número máximo é de 2.090 pessoas, não posso afirmar com convicção que tinha mais, porém, estava cheio!!!



E assim terminamos a noite...Mas ainda tenho o que falar sobre as casas noturnas de Novo Hamburgo, já que há três fechadas e quero aprofundar minhas “percepções”. Esses assuntos, deixo para o próximo post! Ok?!

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