Antes de mais nada preciso deixar bem claro que sou colorada, mas
preciso dizer também que os fatos que contarei agora são verídicos e sem
manipulação (a menos que esteja escrito na minha testa que sou colorada e isso
tenha influenciado os fatos).
Pelas ruas da cidade portenha conversei com muitas pessoas: motorista de
ônibus, taxi, o pessoal da padaria, a galera de vários países que estavam no
hostel, os artesãos que vendiam seus artigos nas praças, os policiais que
estavam na rua, jornaleiros, os vendedores ambulantes...puxei assunto com todo
mundo! Muitas vezes eu mal abria a boca e já sabiam que eu era brasileira, daí
em diante o diálogo seguia mais ou menos dessa forma:
-Brasileira de que parte?
-Porto Alegre
-Internacional?
Sim isso que me perguntavam, de várias formas, me perguntavam se eu era
torcedora do Inter, se eu era colorada, se eu torcia para o time do D’Álessandro...
Fui questionada nesse sentido umas 10 vezes. Um senhor, que vendia jornal, me
perguntou seu eu era Internacional ou Grêmio, mas só. Demais todos me
perguntavam se eu era do Internacional. E quando eu cheia de orgulho respondia
que sim, aí a conversa ia longe. Claro que o assunto principal era o D’Ále e a
Libertadores. Claro também que quando o assunto era Libertadores eles ganhavam disparado...
Aliás, fiz muitas amizades falando de futebol e cada um tentava me convencer a
torcer para um time argentino. Logo mais conto por qual time me simpatizo lá na
Argentina e conto como ocorreu essa “simpatia”.
Além desses diálogos, no bairro do Boca Junior, onde se respira futebol,
encontrei camisetas, cachecóis, miniatura da taça da libertadores, tudo do
Internacional. E sim repito sou colorada, mas não vi nada do Grêmio, juro.
Aliás somente uma mulher que estava passeando pela Plaza de Mayo que usava uma
camiseta tricolor. Enfim, acredito que o fato de o Internacional estar
disputando, nos últimos anos, com frequência a Libertadores e ter ganhado
campeonatos internacionais tem levada um reconhecimento do time fora do país. E
claro, sem dúvida nenhuma, o grande ídolo argentino e colorado D’Álessandro
aproxima cada vez mais os portenhos dos colorados.
Ah, claro que me encantei e passei horas “lendo” jornais e
principalmente o Olé, que fala muito de futebol. Gostei muito de passear por um
país que também respira futebol e que talvez seja mais “apaixonado, vibrante,
entusiasmado” que os brasileiros atualmente. Lá ainda vi a “magia” do
futebol quando falei com os portenhos e quando vi crianças e adultos jogando
futebol por todos os cantos, por várias praças e áreas verdes da cidade. Me
identifiquei muito com essa paixão por futebol e por esse gosto de falar sobre
o assunto. Quem gosta vale a pena puxar um bom papo e dar boas risadas. Fiquei me
devendo ir a um jogo de futebol na Argentina, essa também fica na lista: da
próxima vez.
Volto em breve para contar minha saga para conhecer La Bombonera e ainda
minha paixão a primeira vista pelo Monumental de Nuñez!
Buenas Noches!!!
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